sábado, 19 de dezembro de 2009

Para não cair no esquecimento - 1 Ano do escândalo do "Guru da Diarréia".



O Primeiro aniversario do escândalo do guru da diarréia se completou poucas semanas atrás. Pelo que soube, os negócios desse guru estão indo melhor do que nunca.

O que você tem a ver com o guru da diarréia? Ambos praticam ou ensinam Yoga. A diferença entre você e ele, é que você não fica inventando técnicas perigosas, nem assedia sexualmente ou lesiona seus alunos. Quando alguém como este "guru" distorce as práticas e tenta passar gato por lebre à opinão pública, todos perdemos. O Yoga perde. A sociedade como um todo perde.

Quando um professor se sente a vontade para atropelar a ética, abusa sexualmente de pessoas fragilizadas, lesiona seus alunos e até os coloca em risco de vida, está na hora de você mesmo tomar uma atitude. Sugiro que escreva para esses órgãos da mídia lembrando que o Yoga de verdade não tem nada a ver com esta situação trágica . Gente querida, é bom manter o espírito crítico ligado e se manifestar publicamente contra este tipo de atropelo e distorção das nossas práticas. Obrigado por terem lido isto, apesar da náusea.

Texto por Pedro Kupfer

Os links abaixo mostram as matérias publicadas sobre o caso na época.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI17731-15210,00.html

http://veja.abril.com.br/261108/p_090.shtml

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger280702,0.htm

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Renunciante malcheiroso e o professor de Yoga


Esta semana fui surpreendido por uma cena não muito comum em uma prática que estava guiando aqui no Rio. Os alunos já haviam chegado e se sentado. Já havíamos fechado os olhos e então, eu colocava o assunto sobre a qual a prática seria baseada, guinado as pessoas em uma breve reflexão. Normalmente sempre chega um ou outro atrasado e não conseguimos dar tanta atenção à esta pessoa se ela é novata, pois os outros já estão envolvidos no silêncio e reflexão de suas práticas.

Pois bem, neste dia, ao concluir a reflexão inicial, abrimos os olhos para começarmos a rotina de ásanas, e para minha surpresa, me deparo com uma pessoa toda vestida de laranja. Logo reparei que era estrangeiro, e imaginei que fosse um destes renunciantes itinerantes que viajam por aí espalhando seus ensinamentos.

A princípio fiquei um pouco apreensivo com a perspectiva de ter um renunciante na sala, uma pessoa que deva possuir um vasto conhecimento sobre Yoga, medi ainda mais as minhas palavras e conduzi a prática com bastante calma.

Nos primeiros movimentos que o vi executar, rapidamente me veio à memória a imagem de algumas pessoas que vi praticando na Índia, que certamente transformaram minha prática pessoal. Lembro de ver pessoas executando ásanas sem a menor preocupação que temos com o alinhamento, mas extremamente entregues àquele momento de “prece” em movimento. De fato, uma das coisas mais lindas que já vi.

Fiquei imaginando se deveria fazer algum ajuste, e como agiria se fosse ajustá-lo. Será que poderia tocar num renunciante? Como deveria tocar? Talvez só falar? Por que ajustar? Afinal se era uma prática igual as que eu tinha visto na Índia, realmente não merecia nenhum ajuste.

Observei bastante a prática até ter minhas primeiras impressões. Aproximei-me dele e a primeira coisa que pude reparar, era que cheirava mal. Logo um renunciante. Tudo bem, vá lá. Renunciar e bom, mas não se precisa abrir mão de um valor tão simples e importante quanto a limpeza, já que isso é demonstrar falta de respeito por aqueles que estão ali dividindo o mesmo espaço que você.

Então soou o alarme na minha cabeça. Observando ainda com mais atenção pude perceber que em várias posturas que ele fazia, seus olhos se arregalavam, sua respiração se acelerava e ele lutava para se acomodar. Achei aquilo tudo muito estranho, pois a prática não era forte e nem acelerada, muito menos com posturas acrobáticas. Logo pensei: “Pronto! Dei de cara com um renunciante de araque e fã de kundalinite!”

Infelizmente, minha intuição não falhou. Conduzi a prática até o fim. Tudo correu perfeitamente bem, mas a história ainda não havia acabado. Quando terminamos a aula, o tal renunciante veio me fazer várias perguntas sobre como conduzia a prática e etc. Ele me confessou que gostava muito da prática no estilo ensinado por Swami Sivananda. Alegava que gostava de permanecer em cada postura por períodos prolongados, tipo cinco minutos. E que junto desta permanência, fazia uma visualização dos chakras e repetia mentalmente o bija mantra de cada um deles.

Para completar a sua descrição do resultado desta prática, novamente arregalou os olhos dizendo que aquilo dava o “maior barato”, como quem explica uma experiência com alucinógenos. De fato, algo não cheirava bem.

Continuando a história, veio me dizer que pertencia a um grupo bastante conhecido de Yoga, que tem toda uma hierarquia e planos megalomaníacos para gerir os destinos do mundo. Eu já tinha começado a compreender a situação, mas fiquei quieto para ver onde aquilo ia nos levar. E como suspeitava, o discurso do tresloucado renunciante não chegou a lugar algum.

Moral da história:

Todo praticante e estudioso sério de Yoga entende muito bem que o objetivo de uma vida de Yoga não é ter experiências incríveis com manipulações dos chakras. Patañjali nos alerta sobre isso no capítulo III do Yoga Sutra quando fala sobre os siddhis. Todos estes tipos de experiências acabam gerando um apego e identificações exageradas ao ego, que por sua vez se assume como o grande ator desta vida. Um praticante sério entende que a meta de uma vida de Yoga é moksha. E não o cultivo de experiências.

Os Vedas nos ensinam que qualquer tipo de experiência gera um fruto. E que todo fruto criado a partir de uma experiência tem início, meio e fim. Ou seja, é limitado por tempo e espaço. Moksha é exatamente o oposto disso. É o conhecimento, a realização de que não somos limitados. E por sua vez, não é fruto de uma ação, de uma experiência.

No fim do primeiro capítulo da Taittirya Upanisad existe uma discussão entre o grande mestre Adi Shankara, que defende o conhecimento como instrumento para a liberdade e os karmatas, que se apóiam numa visão distorcida sobre o valor dos rituais prescritos nos Vedas:

Como realizar moksha?

Através da ação, ou então uma combinação entre ação e conhecimento (ação com base no conhecimento ou conhecimento com base na ação) e, por fim, somente o conhecimento. Deve-se estudar os Vedas por inteiro, inclusive as Upanisads. Ele estuda todos os Vedas para que depois ele possa realizar os rituais. A primeira seção dos Vedas tem o foco na ação ritual, karma kanda. Todo o estudo está focado nestes rituais que conduzem à liberação. A liberação desejável é a liberação eterna. Desenvolveremos isso mais à frente.

O valor do conhecimento e o da ação: Shankara vs. os karmatas

Para Shankara, tudo aquilo que é produzido através de uma ação tem um fim. Moksha surge de ações que não são impulsionadas pelo desejo, evitando fazer aquilo que não deve ser feito. As ações devem ser apenas aquelas ações diárias obrigatórias (os rituais, ou o svadharma, os seus deveres). Assim papam não será produzido. A liberação surge por esta não acumulação de papam. Pois você não se amarra mais aos frutos negativos das ações.

Porém, mesmo assim, acumulando punyam você volta a nascer. E ainda existe o sañchita karma, a bagagem da totalidade dos karmas, do qual ainda surgirão muitos e muitos novos nascimentos, até o esgotamento total dele.

Ação com base no conhecimento

Moksha surge através da ação com base no conhecimento. Existe uma conexão de ação com conhecimento. Existe a capacidade de produzir outro efeito. É dito que o iogurte produz febre. O iogurte produz a febre, mas se adicionar açúcar ele não permanece mais tão acido e não produz a febre. São analogias usadas para exemplificar a ação unida ao conhecimento.

Neste caso, a ação produzida tem um fim. Então este resultado que é criado não é permanente. As palavras dos Vedas não têm a intenção de criar ou produzir uma coisa nova. Têm somente a intenção de apontar aquilo que já existe. Os Vedas revelam, não produzem.

Se moksha é eterno, não pode ser produzido a partir de nenhum ritual. O meio para moksha é conhecimento. Não há nada que uma ação realize para revelar a liberdade. O obstáculo real para a liberação é a ignorância. O resultado da ação é diferente de moksha. Logo, as duas não podem estar juntas. A ação está ligada ao corpo, a mente ou ao emocional.

O resultado da ação é de 4 tipos:

1. A criação (utpati) – uma ação pode criar uma coisa nova.

2. Purificação (samskara) – a purificação do corpo

3. Modificação (vikara) – a modificação de um objeto

4. Alcançar alguma coisa (apti) – se mover de um lugar para outro

Estes resultados são todos diferentes de moksha. Há obras na nossa tradição que falam sobre as ações como formas de se alcançar um resultado. A Katha Upanisad, por exemplo, diz que “pelo caminho do sol, se alcança um resultado”. Mas em nenhum eles dizem que este resultado é diferente do que você já é.

A tradição, Shruti, nos fala sobre certos rituais, que podem gerar resultados desejáveis. Mas apegar-se constantemente a estes resultados mantém a pessoa condicionada. Ela age pelo desejo de alcançar aquele resultado que lhe traz conforto ou prazer (artha ou kama).

Atma não é um lugar ou objeto a ser alcançado, pois já está em todo lugar. Então como posso dizer: “ir para algum lugar?”A pessoa que está indo e o lugar que ela vai, são a mesma e única coisa. O problema é não reconhecer isto.

Através deste argumento entendemos que moksha não é algo a ser alcançado. Moksha é meu estado natural. Porque um objeto a ser alcançado é sempre diferente de mim, ou seja, limitado. Um lugar que seja para ser alcançado por um “viajante” para onde ele está indo, deve ser diferente do viajante. Pois senão, não há a necessidade de ir a lugar algum.

O papel do Veda é revelar aquilo que os nossos sentidos e mente não podem e não conseguem perceber. Veda é pramana para o Ser. Veda toca em dvaita e advaita: o que é não-dual, e o que é dual. Sem negar a dualidade da nossa existência individual, o Veda é autoridade para a revelação daquilo que não é dual.

O argumento do karmata é que eles dizem que existem textos que falam sobre o valor da ação. Como o Veda fala sobre ação, eles dizem que os jnanis estão indo contra o Veda. A Shruti fala em ir (gati) como o fruto da ação. São as partes dos Vedas que falam sobre as grandezas (ausvarya) alcançadas pelas ações. Então os karmatas dizem que o argumento dos jnanis é contraditório. Mas para os jñanis, qualquer outro lugar (lokah) que se alcance é apenas transitório e, portanto não é moksha.

Estes textos que falam em gati estão apenas focando no fruto da ação (karya Brahma). Então os objetos alcançados também são Brahma. Mas isto não é o fim. O Veda vai mais fundo. Então não se pode considerar somente esta primeira etapa.

Na verdade a realidade é uma só, não seguida de uma segunda. E neste conhecimento se vê que Brahma é a realidade única, apesar das diferentes manifestações. Este é o ensinamento da Sruti. Qualquer tipo de combinação entre ação e conhecimento é impossível porque a natureza de ambos é oposta.

O conhecimento é aquele que o assunto é a dissolução total do objeto e suas diferenças. O conhecimento mostra que as diferenças são apenas ilusórias. E em relação à ação o conhecimento se opõe. A ação é alcançada através de alguém, ou seja, alguém faz alguma coisa para alcançar um objetivo. Então neste caso vemos 3 objetos diferentes (ator, ação e objeto a ser alcançado).

Quando se fala em conhecimento não há diferença, pois aquele quem conhece, conhece a si mesmo. Todo este raciocínio vai nos levar a conclusão de que um destes dois é falso. E o que é falso é o dual, pois é aparente.

Tudo bem que a dualidade existe, é natural, mas não é real. A dualidade é fruto da ignorância e por isso mesmo dizemos que ela é real. A Sruti fala em dualidade, ela apenas supõe que a realidade poderia ser dual, mas nunca a aceita.

Shankara cita então as Upanisads:

Aquela pessoa que vê a dualidade como sendo o real alcançará a morte. Katha Upanisad.

Ou seja, morrerá e renascerá várias vezes, pois está identificada com o corpo. Quando a pessoa enxerga apenas a dualidade, vê muito pouco, pois não consegue enxergar o todo. Se eu sou diferente de Isvara, conheço apenas aquilo que é limitado.

Aquilo que tem a característica de ser um (que não é seguido de um segundo, único) é a consciência (Brahman). Este tem a característica de ser real, é sempre presente, nunca desaparece.

O que deve ser conhecido de fato é aquilo que é um. Brhadaranyaka Upanisad.

Tudo aquilo que existe e é classificado de formas diferentes é Brahman. Mundaka Upanisad.

Para Shankara, os rituais não serão possíveis se você não considerar a diferença de sujeito e objeto (quem faz e o fruto do ritual). Também não poderá fazer o ritual sem que seja oferecido a uma deidade. E então aí vemos uma dualidade. Uma expectativa de que o resultado seja dado por esta deidade a quem se ofereceu o ritual. Aquele que faz o ritual se vê separado daquele quem oferece o fruto da ação. Então, tudo isto vai contra as afirmações das Upanisads acima citadas.

Nós escutamos, nos Vedas, milhares de maneiras que falam sobre o conhecimento na negação da visão da dualidade. É dito que não existe separação entre o indivíduo e o todo. Existe, então, uma oposição entre conhecimento e a ação. Portanto não há como juntar coisas de natureza oposta. Então, para Shankara, a visão dos karmatas que dizem que moksha surge da união da ação e do conhecimento, não é possível.

Os karmatas dizem:

Considerando que as ações são comandadas pelos Vedas, Shankara contradiz os Vedas. Negando o agente da ação e o ritual, você afirma que tudo é falso. Assim como, o conhecimento falso sobre a serpente (e a corda). Destruindo o conhecimento falso, nós, então temos o conhecimento da realidade. Se for assim, eliminando todos estes, a conseqüência disto seria uma oposição (uma contradição). Porque você estaria dizendo que as Srutis que comandam ações, não teriam significado. Se ações são indicadas, devem ser feitas.

Shankara diz:

A Sruti diz que o ser humano deve se libertar do Samsara. Com isto em mente o próximo ponto importante para a Sruti é a renuncia (nirvrtti) através do conhecimento. Pois a ignorância é a causa do Samsara.

O problema é a interpretação do Veda

No início do capítulo 15 da Bhagavad Gita, o samsara é comparado à figueira que tem as raízes apontadas para cima e as folhas para baixo.

As folhas representam as milhares de formas através das quais o tronco desta árvore se nutre. A figueira tem um tronco formado por um emaranhado de troncos menores. Este emaranhado representa o quanto nos embolamos nas nossas vidas. O nosso samsara.






E as raízes no alto (urdhvamula) representam a origem de tudo e que deve ser alcançada (conhecida) que é Brahman. Então o Veda pode “proteger” o samsara, se aquele que está tentando interpretá-lo, vê nas ações a ferramenta para a liberdade. O Veda liberta se aquele que o estuda entende seu verdadeiro significado.

Concluindo:

Uma pessoa que veste laranja deveria ter mais respeito por este conhecimento. O laranja representa tapas, o fogo, o empenho que aquela pessoa está realizando em busca do conhecimento, em busca da liberdade. Não em busca de simples sensações físicas ou mentais, que além de tudo são completamente subjetivas. Nós mal conseguimos ter controle sobre nosso corpo físico. Mal conseguimos sentar quietos para meditar. Quiçá ter conhecimento de causa sobre assuntos que praticamente ninguém, hoje em dia, tem autoridade para falar.

É nesta hora que acabamos separando o joio do trigo. Não somente o indivíduo, mas também a “linhagem” que ele está ali representando. Um renunciante renuncia. Abre mão dos frutos das ações por causa do conhecimento. Mas já que vive entre nós, pelo menos não deveria abrir mão de usar um sabonete de vez em quando.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aos professores, amigos e praticantes de Yoga



Ontem recebi uma foto por email, enviada por uma amiga praticante de yoga. Esta foto evidenciava um “mito” que assombrava este “mestre” que nela aparecia. Muito se falava sobre abusos sobre algumas alunas por parte deste “mestre”. Em muitos lugares já havia visto discussões, fóruns onde algumas pessoas também relatavam estranhos comportamentos desta pessoa. Mas nunca tinha visto a “prova visual”. Por mais que já tenha ouvido de fontes seguras, pela primeira vez pude constatar o que poderia haver de pior em um “profissional do yoga”.

Uso a palavra profissional, pois esta foto acabou sendo alvo de um grupo humorístico que faz charges aqui no Brasil. Imagina, se um grupo humorístico que não tem nada a ver com o yoga, descobriu esta foto, o quanto ela não deve estar viajando pelo mundo?

Muitas pessoas dizem que não devo me incomodar com este tipo de coisa. Que o único prejudicado na questão é o “profissional” flagrado na foto. Que estamos na kali yuga e então vamos ter que deixar estes fatos acontecerem naturalmente. Mas o fato é que não é bem assim.

Como disse, esta foto caiu na rede de computadores a agora alcança um público que não sabe do que yoga se trata. Qual seria a sua opinião se você se deparasse com uma foto desta que alega que aquilo é yoga? Eu não ficaria confortável sabendo que minha esposa ou filha pratica yoga com uma pessoa que abusa de seu corpo. Pior, eu estaria recebendo a informação de que aquilo é a prática, já que sou leigo. E que talvez devesse achar tudo isto muito normal.

Pois bem, eu não acho normal. E nem agüento mais fechar os olhos para isso. Eu não consigo omitir a minha opinião porque ela também é minha defesa. Sou profissional de yoga e o que ensino não tem nada relacionado a colocar minhas mãos ou outras partes do meu corpo nas genitais de alunas que ali, confiam no meu procedimento.

Hoje já recebi um email de amigos com a tal foto me “parabenizando” pela profissão de abusador de mulheres. Claro, isto é uma brincadeira por parte deles que são leigos no assunto, mas sabem que sou professor de yoga.

Eu não quero ser taxado como esta pessoa que usa do seu nome ou posição para levar vantagem sobre os outros. Eu não quero ser como políticos, que só pelo que são, já são taxados de ladrões ou maus caráteres.

Este não é o único exemplo, existem vários outros por aí, que são seguidos de forma cega. O interessante é que naturalmente o podre vai aparecendo. O triste é que nem assim as pessoas enxergam. Muitas outras histórias vêm à tona, desmascarando falsos mestres, mas ainda não há foto ou pessoas que queiram falar abertamente sobre isso.

Eu resolvi fazer a minha parte porque não tenho sangue de barata, e o mínimo que faço é escrever. Orientar meus amigos e alunos e passar para eles o ensinamento que, com muita ética e respeito me foi passado.

Yoga é dharma. E segunda minha professora, “dharma é aquilo que sustenta algo ou alguém, é o papel de cada um, sua função enquanto indivíduo inserido em vários e diferentes grupos; é também o entendimento e a prática da ética, dos valores universais. Revelar o dharma e inspirar o ser humano a segui-lo é o objetivo dos Vedas e do Yoga.”

Por Bruno Jones

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

foto da revista Vanity Fair - Planet Yoga - ano 2007
















Infelizmente, esse tipo de propaganda só distorce o que o Yoga representa. Parece haver uma grande necessidade de se vender um corpo bonito, uma imagem que excede a proposta da prática, um produto. Corpo bonito e saudável são apenas consequências da prática, mas não o objetivo principal. Yoga é um caminho para o auto-conhecimento, um caminho espiritual. Quando vemos esse tipo de abordagem cria-se uma confusão em relação ao Yoga.

Om

Por Vicente Morisson